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Orar é...

Orar é conversar com Deus.

É manter um diálogo com o Pai celestial, em linguagem clara, e quanto mais simples melhor. Em oração falamo-lhe quais são as nossas necessidades, enfermidades e dificuldades, não esquecendo de agradecer-Lhe por mais um dia de vida, e por todas as bênçãos que Ele nos concedeu. Assim sentiremos no coração a resposta, através do nosso espírito, que se comunica com o Espírito de Deus. “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”. (Leia Romanos 8.16)

A Bíblia registra que Daniel, apesar de estar cativo na Babilônia, uma terra muito distante de sua pátria, orava três vezes ao dia, voltado para Jerusalém, a cidade de Deus, e por isso alcançou grandes vitórias em sua vida. "Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer." (Daniel 6. 10) Por causa de sua Lealdade e intimidade com o Deus vivo, foi lançado na cova dos leões, que nada lhe fizeram. O rei Dario, que era seu amigo, não dormiu naquela noite, imaginando que Daniel havia sido devorado pelas feras. "E chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste, e, falando o rei, disse a Daniel: servo do Deus vivo, dar-se-ia o caso que o teu Deus a quem tu serves, tenha podido dos leões? Então Daniel falou ao rei: Ó rei, vive para sempre! O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum." (Daniel 6.20-22)

Como vimos, Daniel "costumava" orar, ou seja ele perseverava em oração. Há uma grande diferença entre a persistência perseverante e a exigência impaciente e egoísta. Quando você exige está se portando semelhantemente a uma "criança teimosa", que provavelmente se irritará por não conseguir imediatamente o que pediu.

A escritura também nos exorta a interceder sinceramente uns pelos outros. Interceder é pedir a Deus que aja na vida de outra pessoa, e isto é um privilégio de todo crente. A intercessão sincera é uma das maneiras para melhor alcançarmos a compreensão da vontade de Deus, pois faz-nos olhar para além das nossas necessidades, para aquilo que Deus quer para a humanidade. "Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos." (Tiago 5.16)


Orar é ouvir o que Deus fala com você.

Orar é também ouvir quando Deus fala com você. Deus se comunica conosco através da Bíblia sagrada, e não pode haver oração significativa se não a lermos. Isto é muito importante porque quando oramos devemos discernir a vontade e a direção de Deus, e fazer nossa petição segundo elas. A Palavra de Deus (Bíblia) é o guia básico para a compreensão da sua vontade, e não adianta fazer nenhuma petição fora da vontade Divina, que fatalmente não seremos atendidos. - "Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites." (Tiago 4:3) Deus também nos fala através de seu Espírito. Sem nenhuma razão aparente podemos ser levados a conclusão de uma determinada situação, ou lembrar de algo há muito esquecido, porém necessário naquela ocasião. Podemos sentir a presença do Espírito Santo, enchendo nossa alma e trazendo paz em relação a um problema, avivando nossa consciência sobre alguma determinada situação, ou cobrando a solução de alguma coisa mal resolvida. Orar, portanto, envolve comunicação e comunhão com Deus, e leva a pessoa a ver a vida numa perspectiva mais ampla, considerando a eternidade, e a compreender tudo mais claramente.

Orar é ter comunhão com Deus.

Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, apesar de terem apanhado publicamente. Se não fosse a comunhão com Deus, eles certamente estariam tristes e chorosos, em vez de alegres! "E a multidão se levantou unida contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes as vestes, mandaram açoitá-los com varas. E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança. O qual, tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior, e lhes segurou os pés no tronco. E, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam." (Atos 16:22-25)

Quando oramos falamos com o Deus Trino e Uno, e podemos dirigir-nos individualmente à cada uma das três pessoas da Trindade, ou ao próprio Deus Trino e Uno. No Pai Nosso, quando dizemos "Pai Nosso que estais nos céus" (Mateus 6.9), estamos nos dirigindo ao Deus Pai. Quando pedimos à Cristo que perdoe os nossos pecados, estamos nos dirigindo ao Deus Filho " E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu." (Atos 7.59,60) Quando pedimos ao Espírito Santo que nos encha com seu poder e força, estamos falando ao Deus Espírito Santo. "Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo." (Judas 20) Quando clamamos: "Ó Deus, ajuda-me!", estamos falando às três pessoas da Santíssima Trindade.


Orar não é rezar.

Orar é conversar com Deus, é dialogar com Ele. É um processo espontâneo, que flui normalmente, como se conversássemos com um amigo muito chegado, ou um familiar muito querido. O Espírito Santo é o inspirador das palavras que dizemos em cada oração que fazemos. Por isso usamos termos que jamais empregamos em orações anteriores, e nem havíamos premeditado. Isto é o que agrada a Deus, pois assim estamos fugindo das vãs repetições. - "E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos." (Mateus 6:7)

Quando os discípulos pediram a Jesus que lhes ensinasse a orar, o Mestre lhes respondeu: "Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém". (Mateus 6.9-13). Esta é a única oração ensinada por Jesus, e ainda hoje é utilizada pela Igreja, apesar dela ser mais um modelo de como devemos orar, e não propriamente uma oração a ser recitada. As demais orações, utilizadas cotidianamente, são consideradas rezas, ou seja, são citações elaboradas por alguém, que são repetidas milhões de vezes, e certamente não agradam a Deus, pois se tornam "vãs" repetições. Quem as recita o faz mecanicamente, distanciando-se do objetivo principal da oração que é conversar e ter comunhão com Deus.


Orar é dizer a Deus: "Que assim seja!”

Todas as nossas orações terminam com a palavra amém. Isto não significa que estamos apenas sinalizando o final de nossa petição. Amém é uma palavra bíblica que simboliza a afirmação na crença de que Deus ouviu nossa oração. Amém é uma afirmação de fé no poder de Deus para atender nossas orações. É submeter a nossa vontade a Deus, com um: "Que assim seja!".

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